segunda-feira, 2 de agosto de 2021

8º Acompanhamento das aulas da Profa. Mércia - 12/07/2021

    Com a finalidade de destacar o incômodo sentido em relação a seguinte situação, inicio este registro reflexivo sobre mais um acompanhamento das aulas da Profa. Mércia relatando o seguinte: mais uma vez, a aula começou e permaneceu durante grande parte do seu tempo com a ferramenta de bate-papo do Google Meet bloqueada.

    Quem abre e configura a sala de aula virtual é a coordenadora da escola. Nós, pibidianos, já informamos que vemos o fechamento do bate-papo como algo que mais atrapalha do que ajuda a aula, ao contrário da perspectiva da coordenação da escola. O impedimento do uso dessa ferramenta foi justificado por um potencial distrativo que ela proporciona aos alunos em relação à aula, podendo retirar o foco deles da aula. 

    No entanto, como por vezes foi discutido entre meu grupo do PIBID, essa argumentação, embora possa parecer verdadeira, esconde outras questões. No estudo, o silêncio é necessário para a concentração e obtenção do conhecimento obviamente. No entanto, em sala de aula, além de ser praticamente impossível controlar totalmente o falar dos alunos, não buscamos meios para calá-los. 

    As aulas da Profa. Mércia, pelo o que podemos acompanhar, baseia-se, como a maioria das aulas na educação básica no Brasil, numa tendência tradicional do ensino, utilizando a metodologia da aula expositiva. A aula expositiva, por si só, não é uma estratégia de ensino ruim. Quando é aberta para o diálogo, a sua capacidade de transformar e agregar à visão do aluno sobre o conteúdo e, quando bem objetiva, sobre a sociedade é imensa. 

    Tendo isso em vista, como é possível estabelecer uma aula expositiva dialogada, fugindo da tendência tradicional do ensino, na qual a aula é centrada no professor, sem a principal ferramenta de diálogo com os alunos? 

    Como sabemos, uma das grandes problemáticas do período de alunos remotas é conseguir que os alunos interajam. Nas nossas aulas, que possuem aproximadamente 100 alunos, poucos são o que interagem via áudio, sobretudo durante a exposição do conteúdo por parte dos professores, por vários possíveis motivos: vergonha, falta de condições tecnológicas ou de ambiente familiar para que isso ocorra. Acredito que, nivelando por alto, 3 ou 4 alunos utilizam o áudio para interagir. E esse número se aproxima de 0 (ou negativo, rs) no primeiro momento de explicação do conteúdo. 

    Quando há abertura do chat, há um considerável aumento de interação dos alunos na aula. Como também acontece no ensino presencial, os alunos, por vezes, falam sobre assuntos que diferem da aula, mas isso é a normalidade de uma sala de aula. 

    Outro ponto a se considerar é a real eficácia do fechamento do bate-papo para direcionar o foco dos alunos para a exposição do conteúdo. Se o aluno não está interessado, não tem condições (psicológicas/do ambiente) naquele momento para assistir a aula, não será o bloqueio do bate-papo que o fará aprender melhor. O aluno, simplesmente, dirigirá a sua atenção a qualquer outra coisa que não seja a aula. Aliás, esse ato terá um efeito contrário: se o aluno não pode participar, fazer a aula, em cooperação com o professor, por que ele se interessaria por estar ali? 

    Terminado a minha reflexão (pelo menos neste post, pois nunca há um ponto final nos discursos), exponho os acontecimentos da aula: iniciou-se com a explanação sobre tipo textual descritivo pela Profa. Mércia e pelo Prof. Gerson. Após isso, eu e a Lavínya, iniciamos algumas atividades para trabalhar o conhecimento obtido. 

    Aplicamos, primeiramente, com a exibição de cards com imagens borradas de alguns objetos da cultura pop (gibis, filmes, bandas, cantores, séries) e um pequeno texto descritivo abaixo. A partir do texto descritivo, os alunos descobriram qual objeto da cultura pop era aquele que estava borrado. 




    Além disso, também pedimos para que eles destacassem as partes de descrição objetiva e subjetiva no texto das imagens. Eles tiveram algumas dificuldades inicialmente, mas, com a explicação dialogada que realizamos junto com eles, relacionando aos seus gostos e realidades, conseguimos que eles assimilassem o conteúdo e respondessem com muita assertividade ao que pedimos. 

    Para responder à atividade, solicitamos que o bate-papo fosse reaberto. Houve uma pequena demora para que isso acontecesse, o que causa uma quebra no clima da aula. Com essa ferramenta disponível, a participação dos alunos foi tremenda e de muita qualidade. 

    Fiquei muito feliz com a minha desenvoltura nesse momento. Os alunos, por meio do bate-papo também (vale destacar sempre isso), fizeram comentários muito empolgantes sobre a participação dos pibidianos na aula. 


    Em seguida, utilizamos um jogo educativo online, sugerido pela Profa. Mércia, que consistia em uma roleta com diversas figuras nela. Pedimos para que os alunos escolhessem algum(ns) desses desenhos e o(s) descrevesse(m) da forma mais criativa que pudessem. 


Pedimos para que, quem quisesse, enviasse-nos o seu texto descritivo para o direct do nosso perfil no Instagram para que pudéssemos postá-los em reconhecimento a sua produção textual. 











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