Os coordenadores do PIBID sugeriram duas palestras para nós assistirmos: uma em caráter obrigatório e outra como indicação, pois já havia se realizado um dia antes do contato com os bolsistas para informar sobre essa atividade. A primeira, realizada no dia 24/03, foi dada pela Profa. Dra. Suzana Barrios (CEDU - UFAL), intitulada de PIBID e PRP nas escolas de Alagoas: interações, conexões e saberes. A segunda, ocorrida no dia 23/03, teve como palestrante a Profa. Dra. Magda Soares, Alfabetização e Letramento: na cultura do papel e na cultura das telas.
Infelizmente, até este momento que escrevo, só pude assistir à primeira. No entanto, pretendo em breve assistir à segunda, visto que a temática, considerando apenas título, interessa à construção do caminho que buscamos trilhar no PIBID. A questão do letramento e a relação entre digital/físico, remoto/presencial e, como colocado pela Profa. Dra. Magda Soares, cultura do papel/cultura da tela serão de suma importância para a nossa abordagem nas escolas, principalmente neste contexto de distanciamento social. E, pelo conhecimento superficial que possuo sobre a palestrante, é sempre agregador aprender com ela, tendo em vista a sua importância para a área da educação.
A palestra da Profa. Dra. Suzana Barrios foi muito boa, trazendo visões sobre a educação a fim de que reflitamos, enquanto professores em formação, sobre de qual forma agiremos na contínua construção dela. Inicialmente, por meio de uma tirinha do Calvin & Haroldo, que pode ser vista a baixo, ela traz o questionamento sobre a educação e sua finalidade no séc. XXI. Será que os professores estão ensinando os seus alunos para atingirem os objetivos propostas por Calvin? E nós, bolsistas do PIBID, entraremos nas escolas com quais objetivos para o nosso método educacional? Qual seria nossa resposta para a questão desse aluno?
Vivemos sob o sistema capitalista, que não é apenas econômico, também interfere politicamente, culturalmente e na educação. Nesse contexto, o nosso trajeto na vida é pensado focando o momento que conseguiremos um emprego e, para que seja bom ou o não tão ruim (no contexto atual brasileiro, para que pelo menos tenhamos algum emprego), é necessários que estudemos. A nossa sociedade, além de capitalista, é divida em classes que, embora não expliquem tudo, estruturam o todo¹. Nessa perspectiva, há diferenças entre os objetivos educacionais da classe dominante e das classes dominadas. Estamos caminhando para uma educação cada vez mais tecnicista para àqueles que estão no andar inferior da sociedade, tendo como foco "terminar os estudos", como dito popularmente, ao concluir o ensino médio e se introduzir o mais rápido possível no mundo trabalho.
Então o sujeito trabalhador não pode ser construído na escola? Não é isso. O que não pode é cortar as asas dos alunos, afunilá-los para o único objetivo de serem capital vivo, uma engrenagem do sistema. A perspectiva sobre o ingresso na universidade, mesmo que não seja necessário para todos, precisa existir, para deixar sempre viva a ideia de que esse é um espaço para todos (mesmo que não seja a realidade atual).
Um dos pontos mais interessantes trazidos pela palestrante, pelo menos para mim, foi a dualidade da educação na lei: é direito ou obrigação? São os dois. Entretanto, precisa-se tornar cada vez mais importante a visão da educação enquanto direito, não sendo vista como apenas obrigação, assim, criando um querer por ela, um zelo e uma luta pela sua existência.
Momento no qual apareço (beijo, mãe, tô na prograd!):
Nota explicativa 1: não lembro de quem é a citação. Quem souber, por favor, deixe nos comentários.
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