A reunião se iniciou com o Professor Luiz nos apresentando uma visão geral do Blogão PIBID (já apresentando neste blog) e alertando os bolsistas sobre a importância de manter atualizado os diários reflexivos.
Após isso, para finalizarmos o nosso processo de entrada na teoria-metodológica que usaremos no programa, foram apresentadas as respostas à atividade com base nos artigos dos coordenadores (vejam a postagem anterior). Para isso, o Professor Fernando realizou um jogo de perguntas: um pibidiano escolheria outro para dirigir a pergunta, ou seja, selecionando aquele que apresentará. Fui interpelado pela Ivanicleide, a respeito de imposturas e posturas apresentadas pelos autores no artigo da Professora Andrea e suas colaboradoras. Respondi de acordo com a resposta do post anterior e, em relação à questão da impostura, a Professora Andreia me corrigiu muito felizmente, pois a noção sobre "impostura" foi o ponto no qual mais senti dificuldade para entender. No meu entendimento, os bolsistas tinham uma "impostura" em relação à leitura literária devido a falta de hábito de lê-los. No entanto, ao responderem honestamente ao questionamento dos coordenadores sobre sua relação com a leitura, eles tiveram uma postura, assumindo essa lacuna (que está presente na vida de muitos dos brasileiros) e buscando preenchê-las para, assim, terem propriedade de realizar um reencontro dos alunos da escola onde ocorreu o projeto, pois eles já haviam se reencontrados com o seu eu-leitor.
A noção de "saber estar com!" foi muito bem posta em prática pelos pibidianos do artigo principalmente quanto à escolha da obra literária, ao não se colocarem como neutros sobre a possibilidade dos alunos não participarem da escolha do livro trabalhado. Nesse sentido, souberam estar com o "outro" - alunos -, dando-lhes o poder de escolha em conjunto com os colaboradores. Além disso, para desenvolver o trabalho, perceberam o contexto cultural dos alunos, além de o desejo deles pelo cordel após a apresentação desse tipo de literatura.
Essa questão do aluno não ter nem um pouco de direito à escolha das obras a serem trabalhadas em sala de aula se deve ao fato de que esses livros já são previamente escolhidos, geralmente sendo os considerados cânones. Esse tema, trazido muito bem pela Dafhine e pelo Lucas, foi continuado com a fala do Professor Fernando, da qual destaco a seguinte ideia: cânone se relaciona com falta de movimento, de mudança. Os livros a serem lidos são os historicamente escolhidos e não há possibilidade de entrada de outros.
Foi uma discussão bastante interessante, tanto que se prolongou para um pouco além do horário de término. E foi ótimo! Até a próxima!
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